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1/23/14

Logosofia: Uma nova Pedagogia.


ANTE A SITUAÇÃO CRÍTICA DO MOMENTO

Iniciaremos a exposição deste Curso perguntando por que razão a cultura vigente – ocidental ou oriental – apresenta, em todas as partes, sintomas inconfundíveis que prenunciam sua inevitável decadência. A resposta é clara, simples e unívoca: porque falha pela
base. E a que se deve o fato de ela falhar pela base? Às seguintes causas:

a) Não foi nem é capaz de ensinar ao homem a conhecer a si mesmo.
b) Não lhe ensinou a conhecer o mundo mental que o rodeia, interpenetra* e influi poderosamente em sua vida.
c) Não lhe ensinou a compreender, amar e respeitar o Autor da Criação, nem a descobrir sua Vontade através de suas Leis e das múltiplas manifestações de seu Espírito Universal.
O fato de não se ter ensinado ao homem a conhecer sua vida interna, plena de recursos e energias para quem sabe aproveitar tão imponderável riqueza, tem sido a causa que o faz ceder, sem maior
resistência, à tentação de fundir-se na multidão anônima, consumando-se assim a perda de sua individualidade.

REALIDADES ESSENCIAIS

*N.T.: O autor adotou, no texto original em espanhol, o neologismo “interpenetrar”, ao conferir-lhe o sentido de “estar penetrado em, existir dentro de, constituir-se no espaço interior de”.O mesmo valor neológico está presente no texto traduzido ao português.


Desde os alvores da atual civilização, foram se somando, dia após dia, os que nenhum esforço fazem para superar sua inércia mental e volitiva. Das faculdades de sua inteligência, só funcionam com preponderância a imaginação e a memória. As demais trabalharam e trabalham só por necessidade ou por alguma premência, observando-se sempre uma acentuada insuficiência, devido à sua habitual inércia. Estamos nos referindo à maioria dos seres, ao homem que não organizou seu sistema mental de modo que todas as
faculdades de seu mecanismo inteligente funcionem, alternada e ativamente, no ofício construtivo que devem desempenhar.
A ciência logosófica foi criada para remediar esse lamentável descuido, esse vazio incomensurável que já transtornou não poucos juízos, levando a humanidade à desorientação e ao mais agudo pessimismo. A Logosofia é uma nova mensagem à humanidade, com palavras plenas de alento, de verdade e de clara orientação. Encerra uma nova forma de vida, forma que move o homem a pensar e a sentir de outra maneira, graças ao descobrimento logosófico de agentes causais, que, ignorados antes por ele, se manifestam agora à vista de seu entendimento, de sua reflexão e de seu juízo, da mesma forma que à sua sensibilidade. Com efeito, embora singelamente enunciado e sem ostentação alguma, como é próprio de todas as grandes verdades, somos plenamente conscientes da incalculável transcendência que o conhecimento desses fatores – até agora incógnitos geradores de todas as formas humanas de vida – haverá

Carlos Bernardo González Pecotche (raumsol)- Curso de iniciação Logosófica ( pag 11 ítem 1 a 8)



1 Ver Logosofia. Ciência e Método, do autor. de assumir para o esclarecimento do mistério do homem,no dia em que ele despertar para essa realidade e comprovar a verdade de sua existência, através de cada uma de suas manifestações psicobiológicas. Só
então o homem poderá fazer uso consciente de seu livre-arbítrio, resgatar sua vida – aprisionada por seus próprios erros e pelos erros dos demais – e reconstruí-la, graças às leis que regem os processos inteligentes da Criação, com um critério novo, espiritual e humano,
testamenteiro imaterial de sua felicidade. Ciência e cultura ao mesmo tempo, a Logosofia transcende a esfera comum, configurando uma doutrina de ordem transcendente. Como doutrina, está destinada a nutrir o espírito das gerações presentes e
futuras com uma nova força energética, essencialmente mental, necessária e imprescindível para o desenvolvimento das aptidões humanas.
    São atributos desta fecunda doutrina: a elevação de miras, a amplitude na concepção das possibilidades do homem, sua autêntica veracidade e a vigência permanente de suas razões medulares. A cultura logosófica é inconfundivelmente singular:
não contém um só elemento estranho à originalidade de sua fonte, por ser original a concepção que a sustenta.

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