A sociedade passa por várias transformações, sobretudo, no campo das relações humanas. Atualmente, o ser humano tem privilegiado o “Ter”, como sinônimo de grande apego aos bens materiais, e não se preocupa com o “Ser”, que se pode definir como a busca de virtudes. Dá-se maior valor àquilo que o dinheiro pode comprar, as pessoas valem pelo patrimônio material que têm e não pelas qualidades que possuem.
Na tabela de valores, a vida está no topo, é o bem mais precioso tutelado. É preciso ressaltar a importância da família, é nesta que tudo surge e consolida, assim como a formação do caráter moral dos filhos.
O Ser humano nasce inserto no seio familiar, estrutura básica social, de onde se inicia a moldagem de suas potencialidades com o propósito da convivência em sociedade e na busca de sua realização pessoal; Os pais, como totais responsáveis na formação moral dos filhos, onde há uma relação de equilíbrio entre o material e a moral, o “Ser” representando o afeto e o material o “Ter”.
De forma simplificada, pode-se explicar da seguinte maneira; sabe-se que o recém- nascido obtém satisfação de suas necessidades através dos cuidados de sua mãe, ou de quem desempenha o papel. Tal atividade garante a formação das primeiras relações sociais da pessoa com o mundo e o cultivo de virtudes que possibilitem conhecer a natureza da existência no mesmo. Pais que optam por certos valores e se comprometeram com eles, cada filho que vem ao mundo não tem que desenvolver a tarefa hercúlea e problemática de tratar de descobrir, porque com valores adquiridos vale a pena arriscar e viver a vida.
A descoberta de verdadeiros valores humanos tem uma grande importância para a motivação da vontade humana; Optar por certos valores significa escolher, entre os melhores, aqueles que mais convenham em uma família concreta com as circunstâncias atuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a melhoria familiar.
Descrever o “Ser” e o “Ter”, é uma relação dentro de uma sociedade atual modificada pela globalização, pelo capitalismo, fazendo com que o comportamento econômico sendo desmembrado dos valores éticos e humanos, uma sociedade industrial que despreza a natureza, onde que “estar junto” e sem necessário se compreender e nenhuma necessidade compartilhada. Numa cultura em que o objetivo supremo é o “Ter” e ter cada vez mais até parece uma função normal da vida, “Ter” e “Ser” são dois mudos fundamentais de experiência, a energia de cada um determina as diferenças entre o caráter dos indivíduos e os vários tipos de caracteres sociais.
A grande diferença entre o “Ser” e “Ter” é que se estabelece uma sociedade centrada sobre as pessoas e uma sociedade centrada sobre as coisas. A busca de um padrão humano querendo ser “mito”, conflitos interiores, falta de harmonia em relação ao corpo e pele e constante moldagem da imagem perfeita para si .
O “Ter” quando não alçado, sua transcendência faz-se remeter a sérias barbáries, suicídios decorrentes de frações, é consequência deste excessivo rigor com que se impõe o êxito de uma cultura que não deixa espaço para erros. Há que se desencadear uma sanidade mental, suportar a pluralidade, uma limpidez de consciência que permita enxergar a realidade sem distorção, saber que as virtudes afastam o sofrimento quando ele é necessário e dão forças para suportá-lo quando ele é inevitável. Considerar as condições da existência com a vida devida sensatez, agir movido por sentimentos nobres seguindo a premissa de que foram feitas para vida, não a vida para as coisas, valorizando o código de ética que preze a amizade e encontrar a paz e harmonia que devem ser o objetivo maior do ser humano para o bem da própria humanidade.
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