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9/02/13

Noções de direito: O ser e o Ter

O Ser e o Ter: a sua Importância na Formação da Moral do Direito


A sociedade passa por várias transformações, sobretudo, no campo das relações humanas. Atualmente, o ser humano tem privilegiado o “Ter”, como sinônimo de grande apego  aos bens  materiais, e não se preocupa  com o “Ser”, que se pode definir como a  busca de virtudes. Dá-se maior valor àquilo que o dinheiro  pode comprar, as pessoas valem pelo patrimônio material que têm e não pelas qualidades que possuem.
Na tabela de valores, a vida está no topo, é o bem mais precioso tutelado. É preciso ressaltar a importância da família, é nesta que tudo surge e consolida, assim como a formação do caráter  moral dos filhos.
 O  Ser  humano nasce  inserto no seio familiar, estrutura básica social, de onde se  inicia  a moldagem de  suas  potencialidades com o propósito  da convivência em sociedade  e na busca  de sua realização pessoal; Os pais,   como totais responsáveis  na formação moral  dos filhos, onde há  uma relação de equilíbrio entre o material e a moral,  o “Ser”  representando o afeto e o material o “Ter”.            
 De  forma simplificada,  pode-se  explicar  da  seguinte maneira; sabe-se   que o recém- nascido obtém satisfação de suas necessidades através  dos cuidados de sua mãe, ou de quem desempenha o papel. Tal atividade garante a formação das primeiras relações sociais da pessoa com o mundo e o cultivo de virtudes que possibilitem conhecer a natureza  da existência  no mesmo. Pais que optam por certos valores e se comprometeram com eles, cada filho que vem ao mundo  não tem que desenvolver a tarefa hercúlea e problemática de tratar de descobrir, porque com valores adquiridos  vale a pena arriscar e viver a vida.
A descoberta de verdadeiros valores humanos tem uma grande  importância  para a motivação  da vontade humana; Optar por certos valores significa escolher, entre os melhores, aqueles que mais convenham em uma família concreta com as circunstâncias atuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a melhoria familiar.
Descrever o “Ser” e o “Ter”, é uma relação dentro de uma sociedade atual modificada pela globalização, pelo capitalismo, fazendo com que o comportamento econômico sendo desmembrado  dos valores éticos e humanos, uma sociedade industrial  que despreza a natureza, onde que “estar  junto” e sem necessário se compreender e nenhuma necessidade compartilhada. Numa cultura em que o objetivo supremo é o “Ter” e ter cada vez mais até parece uma função normal da vida, “Ter” e “Ser” são dois mudos fundamentais de experiência, a energia de cada um determina as diferenças entre o caráter dos indivíduos e os vários  tipos  de caracteres sociais.
A grande diferença  entre o “Ser” e “Ter”  é  que se estabelece uma sociedade centrada sobre as pessoas e uma sociedade centrada sobre as coisas. A busca de um padrão humano querendo ser “mito”, conflitos  interiores, falta de harmonia em relação ao corpo e pele e constante moldagem da imagem perfeita  para si .
O “Ter” quando não alçado, sua transcendência faz-se remeter  a sérias barbáries, suicídios decorrentes de frações, é consequência deste excessivo rigor com que se impõe o êxito de uma cultura  que não deixa espaço para erros. Há que se desencadear  uma sanidade  mental, suportar a pluralidade, uma limpidez de consciência que permita enxergar a realidade sem distorção, saber que as virtudes afastam o sofrimento quando ele é necessário e dão forças para suportá-lo quando ele é inevitável. Considerar  as condições da existência com a vida devida sensatez, agir movido por sentimentos nobres seguindo a premissa de que foram feitas para vida, não a vida  para as coisas, valorizando o código de ética que preze a amizade e encontrar a paz e harmonia que devem ser o objetivo maior  do ser humano para o bem da própria humanidade. 

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