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8/16/13

Arte: Arte Brasileira

As heranças culturais e artísticas brasileiras foram originadas, primordialmente, de três fontes: indígena, portuguesa e africana.
Arte Indígena
Além de não ter sido reconhecida como arte, a produção artística indígena da época do descobrimento não foi respeitada. Os nativos brasileiros usavam penas e plumas para adornos corporais e faziam utensílios de barro, fibras, sementes e outros materiais.
As casas (ocas) eram feitas com varas, cobertas com palhas ou folhas e abrigavam várias famílias (cerca de 300 pessoas).
Eles utilizavam (e algumas tribos o fazem até hoje) diversos materiais da natureza para ajudar na caça e na pesca. As cestas de fibras trançadas, por exemplo, são úteis para o transporte de frutas e pescado. Cada tribo tem uma forma diferente de trabalhar com os materiais. Os índios que habitaram a ilha de Marajó, no Pará, deixaram notável produção em cerâmica, conhecida como arte marajoara. As obras incluem estátuas, adornos labiais e auriculares, urnas funerárias e tangas.
A pintura corporal indígena é uma arte que serve também para a identidade da tribo. Eles usavam três cores básicas: vermelho da semente de urucum, preto do suco do jenipapo e branco da tabatinga. Os desenhos costumam ser em padrões geométricos ou signos convencionais. Os índios também faziam máscaras para danças e rituais. Algumas tribos ainda vivem isoladas e tentam manter suas tradições intactas.
Arte PortuguesaOs colonizadores portugueses implantaram no Brasil a sua religião, sua língua, seu vestuário… Além de explorar as riquezas brasileiras, os portugueses impuseram sua cultura em troca do que chamavam de desenvolvimento. A arte produzida na época era produzida pelos colégios da Companhia de Jesus (congregação religiosa católica missionária).
Arte AfricanaPara o funcionamento dos engenhos de açúcar, foram trazidos os africanos escravizados. Além de sua força braçal, os africanos trouxeram também sua cultura, com músicas e danças, comidas típicas e religiões próprias. Os africanos influenciaram também a arquitetura popular. Exemplos da cultura hoje chamada de afro-brasileira são a capoeira, o candomblé e o vatapá.
HolandesesA Holanda invadiu Salvador, na Bahia, (de 1624 a 1625) e as cidades de Olinda e Recife, em Pernambuco (de 1630 a 1954). Maurício de Nassau mandou construir, em 1637, a Cidade Maurícia em uma parte de Recife. Para isso, trouxe o arquiteto Pieter Post, acompanhado de seu irmão Frans Post e Albert Eckhout, ambos pintores naturalistas.
As obras de Frans Post exibem paisagens, a cidade e os engenhos vistos de longe enquanto que Albert Eckhout prefere natureza morta e pessoas locais retratadas como se vistas de perto. Maurício de Nassau foi o responsável pelo planejamento urbano de Recife, que recebeu estradas, pontes, diques, jardins (botânico e zoológico), palácios e museus. Além disso, Maurício também organizou sistemas de serviços básicos como o de coleta de lixo.
Barroco
Os holandeses foram expulsos em 1654 e o comercio açucareiro estava em decadência. Houve incentivo à busca pelo ouro, que atraiu diversos profissionais interessados nas riquezas brasileiras. Estes comerciantes, arquitetos, pintores e escultores trouxeram o estilo Barroco, que ainda vigorava na Europa. No Barroco brasileiro, a arquitetura teve bastante destaque. Assim como na Europa, também no Brasil os temas do estilo Barroco eram religiosos. Nas igrejas, as paredes de madeira entalhada eram recobertas com ouro e as esculturas, de madeira, eram pintadas.
As fachadas das igrejas eram simples, mas os interiores eram ricamente decorados. Usavam-se cores vibrantes e fortes, e predominava a pintura em afresco ao invés de cavalete. Como não se dava muita importância para a autoria das obras, muitas são anônimas.
O estilo Barroco varia conforme a região. Em Minas Gerais, por exemplo, por ser uma região afastada do litoral e isolada por montanhas, o Barroco teve características mais originais e menos suntuosas.
Os artistas que conhecemos da época são Mestre Ataíde e Aleijadinho. Manuel da Costa Ataíde fez afrescos em tetos de igrejas e algumas de suas figuras sacras tinham traços mestiços. Fez também painéis e iluminuras em manuscritos.
Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho) era autodidata: aprendeu com livros e com o pai arquiteto. Viveu em Ouro Preto, Minas Gerais. Fez projetos arquitetônicos, entalhes e esculturas, área em que mereceu grande destaque. Esculpia figuras religiosas em pedra-sabão e madeira.
Os escritores do estilo Barroco usam jogo de palavras (cultismo) e de ideias e conceitos (conceptismo). Isso é reflexo do conflito entre as ideias renascentistas e as católicas. Na literatura barroca é frequente também o uso de várias figuras de linguagem como metáforas, antíteses e paradoxos.
O Barroco foi introduzido no Brasil pelos jesuítas, para a catequização. Para fins didáticos, o Barroco começa em 1601, com a publicação do poema Prosopopeia, de Bento Teixeira. Gregório de Matos Guerra também destacou-se na poesia e o padre Antônio Vieira na prosa, com os Sermões.
Os temas costumavam tratar da fugacidade da vida, do tempo como agente da morte e da dissolução das coisas, do castigo como decorrência do pecado e do arrependimento, num evidente apelo à religião. É frequente o conflito entre corpo e alma.
Há também exemplos de narrativas de cenas trágicas, eróticas e místicas. Gregório de Matos, apelidado de Boca do Inferno, deixou uma obra de temática ampla: poemas religiosos, satíricos, eróticos e líricos.
Missão francesaApoiados pelo rei D. João VI, um grupo de artistas franceses veio para o Brasil, em 1816, com o objetivo de institucionalizar a arte brasileira. Mas demorou dez anos para que eles conseguissem vencer o estilo Barroco dominante e implantar o estilo Neoclássico do Academicismo.
Joachim Lebreton era o líder e tinha um projeto de metodologia de ensino para aplicar no Brasil. Com ele vieram os pintores Jean-Baptiste Debret, Nicolas-Antoine Taunay, seu irmão escultor Auguste-Marie Taunay e o arquiteto Grandjean de Montigny, além de pedreiros, gravadores, ferreiros e outros profissionais.






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